segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Matéria jornal de Hoje de hoje


Moradores de Mesquita estão convivendo com o medo por conta dos últimos acontecimentos na cidade. A paz do mesquitense terminou na noite do dia 15 de janeiro, quando um grupo de milicianos participou do ataque ao traficante Serrinha, da comunidade da Chatuba. A Polícia Militar ocupa, por tempo indeterminado, quatro comunidades do município.
O reforço foi efetuado após dois confrontos entre milicianos e
Descrição: http://www.jornalhoje.inf.br/H54B.JPGtraficantes nas últimas três semanas. Segundo a PM, enquanto bandidos de uma facção do Rio tentam formar um complexo do tráfico na Chatuba, no Alto Uruguai, na Coréia e no Morro da Caixa d' Água (limite com Nova Iguaçu), grupos de milicianos tentam impedir o esquema.
A onda de boatos de confrontos em plena luz do dia e da invasão de bandidos da Zona Norte do Rio às comunidades da cidade que surge devido a essas ocorrências está afetando o comércio na região. Segundo lojistas, o movimento tem enfraquecido a cada dia e os falsos rumores só prejudicam mais a recuperação do lucro. “Os moradores estão com medo de sair de casa, estamos vendo muita coisa pela internet e isso só nos apavora mais”, disse a lojista M.V, de Edson Passos.
Na Coréia a apreensão é ainda maior. Moradores e comerciantes temem a invasão na comunidade por bandidos do morro do Chapadão, em Costa Barros, Zona Norte do Rio. “Temos muito medo de que bandidos do Chapadão venham para cá. São informações que tenho acompanhado com apreensão nas redes sociais. Os que são daqui já desrespeitam a gente. Imagina os que vêm de fora?”, questionou uma moradora que não quis se identificar.
Os ataques, em Edson Passos e no Alto Uruguai, deixaram um morto e nove feridos. No último confronto, domingo (25), instigou a disputa entre as quadrilhas. No dia, Alessandro da Silva, miliciano conhecido como Barriga, foi executado por pelo menos 10 homens fortemente armados, no bairro Alto Uruguai.

Número de denúncias aumentou, diz PM
Segundo a Polícia Militar, desde domingo muitas denuncias têm chegado ao batalhão. Todas informando que bandidos de fora tentam ocupar as quatro comunidades. Por conta disso, os policiais permanecem 24 horas nas comunidades. A base da ocupação está na Rua Caimiri, local do ataque onde quatro pessoas ficaram feridas.
Na manhã de quinta-feira (29), o comandante do 20º BPM, tenente-coronel Marcus Vinicius dos Santos Amaral, fez um mapeamento da região. Moradores, casas abandonadas e veículos, foram revistados, mas ninguém foi preso. Além disso, policiais identificaram pontos de observação e de fuga no local.
A polícia também anunciou o balanço de apreensões realizadas pelo Terceiro Comando de Policiamento de Área (3ª CPA) durante os 26 dias de janeiro. “Na área geral do 3º CPA foram apreendidos seis fuzis, nove espingardas, uma escopeta, 32 revólveres, 58 pistolas, uma submetralhadora, 28 granadas e 29 simulacro de arma de fogo (armas de brinquedo semelhantes às reais), divulgou o comandante da 3º CPA, Marco Aurélio. Ele também revelou o número de prisões e recuperação de veículos. “Até o dia 26, foram realizadas 342 prisões, 102 menores apreendidos, 1082 motos apreendidas, 72 motos recuperadas, 138 carros apreendidos e recuperados 122 carros.”
Pelos muros das comunidades é possível ver pichações como expressando saudades de traficantes mortos em confronto e ameaças como "Bala no 20", uma referência ao 20º Batalhão de Mesquita, e "Vai morrer milícia". Durante a realização da reportagem, nenhum carro da polícia foi avistado.


 

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