Por Claudia Maria
A cruz peregrina deixou a Baixada Fluminense no fim de
semana mas a energia ficou em cada uma das milhares de pessoas que acompanharam
o cortejo por ruas e igrejas da região. O símbolo passou arrebatando pessoas de
boa fé que, independente da religião, sabem que cada um carrega sua cruz. Mais
do que isso, o peso da cruz de madeira maciça foi dividido durante toda a
caminhada simbolizando o que cada um de nós deve sempre ter em mente: quando
dividimos nossos problemas com outros eles ficam menores.
Uma das maiores lições de Jesus Cristo foi a humildade e
apenas sendo humildes conseguimos seguir outra orientação importante: ama a
Deus acima de tudo e ao próximo como a si mesmo. Da minha parte sempre
acreditei que nada acontece por acaso e a passagem da cruz peregrina nesse
momento que o país atravessa é emblemática. O momento é de mudança mas, muito
mais do que a mudança de um governo ou
de atitudes políticas é preciso mudar o cidadão, é preciso ter o amor de Cristo
e ao mesmo tempo sua coragem e poder de compreensão.
Compreensão de que o respeito ao próximo é o mesmo que você
quer para si. Compreensão de que gays, lébiscas, negros, brancos, judeus e
mesmos aqueles que são contrários a tudo que você pensa, também merecem o mesmo
respeito. Cada um deles também carrega uma cruz particular e precisa ser
ajudado, mesmo que não saiba disso. Utopia? Talvez, mas quando experimentamos
indícios de mudança no país que nascemos, amamos e criamos nossos filhos, é
hora de refletir e, pelo menos, tentar. Que a passagem da cruz peregrina sirva para
começarmos a entender que vivemos no mesmo mundo, que estamos aqui de passagem
e que precisamos preservar esse mundo para gerações futuras.
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