terça-feira, 25 de junho de 2013

Dividindo o peso da cruz

Por Claudia Maria

A cruz peregrina deixou a Baixada Fluminense no fim de semana mas a energia ficou em cada uma das milhares de pessoas que acompanharam o cortejo por ruas e igrejas da região. O símbolo passou arrebatando pessoas de boa fé que, independente da religião, sabem que cada um carrega sua cruz. Mais do que isso, o peso da cruz de madeira maciça foi dividido durante toda a caminhada simbolizando o que cada um de nós deve sempre ter em mente: quando dividimos nossos problemas com outros eles ficam menores.
Uma das maiores lições de Jesus Cristo foi a humildade e apenas sendo humildes conseguimos seguir outra orientação importante: ama a Deus acima de tudo e ao próximo como a si mesmo. Da minha parte sempre acreditei que nada acontece por acaso e a passagem da cruz peregrina nesse momento que o país atravessa é emblemática. O momento é de mudança mas, muito mais do que a mudança de um governo  ou de atitudes políticas é preciso mudar o cidadão, é preciso ter o amor de Cristo e ao mesmo tempo sua coragem e poder de compreensão.
Compreensão de que o respeito ao próximo é o mesmo que você quer para si. Compreensão de que gays, lébiscas, negros, brancos, judeus e mesmos aqueles que são contrários a tudo que você pensa, também merecem o mesmo respeito. Cada um deles também carrega uma cruz particular e precisa ser ajudado, mesmo que não saiba disso. Utopia? Talvez, mas quando experimentamos indícios de mudança no país que nascemos, amamos e criamos nossos filhos, é hora de refletir e, pelo menos, tentar.  Que a passagem da cruz peregrina sirva para começarmos a entender que vivemos no mesmo mundo, que estamos aqui de passagem e que precisamos preservar esse mundo para gerações futuras.


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