Por Claudia Maria
Por 22 votos contra 6 os vereadores de Nova Iguaçu confirmaram a forma ditatorial de governar a cidade. Mesmo em tempos como o de hoje quando as pessoas estão indo às ruas indignadas com desmandos de um governo que pensa apenas no próprio umbigo, os vereadores iguaçuanos não recuaram. Mantiveram a intolerância, confirmaram a política do curral eleitoral e de que não sabem fazer política de outra maneira. Pobre vereadores, pobre prefeito que ainda acredita nesse modelo ultrapassado. Vivas a quem manteve o posicionamento e esteve na Câmara para protestar, para quem ainda acredita em mudanças. Aproveito para lembrar que as mudanças das ruas devem continuar nas urnas e esse fato lamentável confirmado ontem deve ser lembrando como mais uma página triste na história de Nova Iguaçu. Abaixo um trecho que está publicado no blog do vereador Ferreirinha.
"Mesmo diante do Inquérito Civil aberto pelo Ministério Público que recomendou o veto ao prefeito, apontando vício de iniciativa e prejuízo a gestão democrática nas escolas, o vereador Marcelo Nozinho (PSD), presidente da Comissão de Constituição e Justiça deu parecer favorável para a derrubada do veto e o fim das eleições. Votaram pela manutenção das eleições os seguintes vereadores: Ferreirinha e Arthur Legal (PT), Luisinho e Henrique Neves (PCdoB), Carlinhos Presidente (PDT) e Jorge Marotte (PHS). A Câmara estava lotada de professores, estudantes de lideranças do movimento popular, que protestaram contra voto dos vereadores que derrubaram do veto. "Não me representa. Não me representa. Não me representa", gritavam os manifestantes, expressando profunda indignação e repulsa. Os vereadores que não concordam com o fim das eleições vão entrar com ação na justiça contra o resultado da votação de hoje. "Vamos lutar até o fim. Não vamos deixar que esta violência contra a Educação e a democracia seja efetivada", disse o vereador Ferreirinha.
Problema de lógica.
ResponderExcluirSobre o famigerado veto ao projeto de Lei Nº 91/2013, que acaba com eleições diretas para diretores de escolas municipais em Nova Iguaçu.
A indicação dos diretores é prerrogativa do Prefeito.
O Prefeito "abre mão" da indicação através da eleição.
O "controle social" do poder passa a ser exercido na prática.
Um vereador da base aliada do Prefeito propõe acabar com a eleição.
A Comunidade escolar se apresenta contra a proposta.
O Sindicato dos Professores se apresenta contra a proposta.
A sociedade civil, vulgo população, se manifesta também contra a proposta.
O Prefeito se diz contrário a proposta, diz que não quer indicar e veta o projeto.
Aí os representantes da população dizem: "Vai ter que indicar sim" e derrubam o veto.
Considerando que em nenhum momento o Projeto prevê alteração do papel do vereador ou do Prefeito, pergunta-se:
1) Qual a intenção dos vereadores da base de apoio ao obrigar o Prefeito a fazer algo "contra sua vontade"?
2) O que impede o Prefeito, já que terá que agir "contra sua vontade", de manter as eleições em caráter extraordinário e nomear para o cargo de diretor aquele que vencer as eleições?
3) Quanto é 2+2?