terça-feira, 30 de setembro de 2014

Matéria Extra de Alagoas/cortesia do amigo Almeidinha

Dos 38 senadores que concorrem a um mandato este ano, 11 são alvos de investigação no Supremo. A lista é encabeçada pelo petista Lindberg Farias (PT-RJ).
O ex-presidente da União Nacional dos Estudantes (Une) e ex-líder do movimento dos caras-pintadas responde atualmente a dez inquéritos na mais alta corte do país por crimes contra a Lei de Licitações, de responsabilidade, contra as finanças públicas, quadrilha ou bando e improbidade administrativa. Mas o número de apurações foi maior: já foram 15 dois anos atrás. Todas as investigações, tanto as que ainda tramitam quanto as que já foram arquivadas, referem-se aos quase seis anos da passagem de Lindberg pela prefeitura de Nova Iguaçu (RJ).
Mas ele não está só. Os senadores candidatos
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problemas na Justiça são de sete partidos: três do PMDB, dois do PT, outros dois do PTB; PSDB, PDT, PR e PSC completam a lista
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um nome cada. Esses parlamentares representam dez estados: há dois do Amazonas e um de Alagoas, do Distrito Federal, do Maranhão, do Piauí, do Paraná, do Rio de Janeiro, de Rondônia, Santa Catarina e Sergipe. Reputação ilibada?
Depois de Lindberg, os senadores candidatos com mais pendências judiciais são Gim Argello (PTB-DF), com cinco inquéritos, e Alfredo Nascimento (PR-AM), com quatro. Terceiro colocado nas pesquisas para o Senado, Gim passou por momento constrangedor no início do ano. Em abril, ele se viu obrigado a retirar sua candidatura a uma vaga de ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) após protestos de ministros e funcionários do órgão, que o acusaram de não preencher os requisitos de idoneidade moral e reputação ilibada previstos na Constituição Federal para postulantes ao cargo.
“No momento em que a honrosa indicação do meu nome para o cargo de ministro do TCU é usada como instrumento de disputa política em ano eleitoral, entendo que devo abrir mão desta honraria”, justificou-se à época o senador, que tinha o apoio do Planalto para a disputa. O petebista é suspeito de ter cometido crimes contra o patrimônio e contra a Lei de Licitações, apropriação indébita, peculato, lavagem de dinheiro e corrupção. Além das apurações em andamento no Supremo, ele tem duas condenações em primeira e segunda instâncias.
Alfredo Nascimento deixou o Ministério dos Transportes em meio à “faxina” da presidenta Dilma em 2011 após o TCU e a Controladoria-Geral da União (CGU) apontarem indícios de superfaturamento de obras rodoviárias. Ele e o ex-deputado Valdemar Costa Neto (PR-SP), que cumpre pena por ter sido condenado no mensalão, também foram acusados de receber propinas de empreiteiras, algo não confirmado pelo Ministério Público, que arquivou o caso por falta de provas. Candidato a uma vaga na Câmara, o senador amazonense é investigado por crimes eleitorais, de responsabilidade e contra a administração pública, além de falsidade ideológica.
Lava Jato
Principal alvo do então líder cara-pintada Lindberg Farias, o ex-presidente e hoje senador Fernando Collor (PTB-AL) também tem, a exemplo de seu ex-adversário nas ruas, problema no Supremo. Afastado da Presidência da República em 1992 no processo de impeachment, o senador alagoano é candidato à reeleição e lidera as mais recentes pesquisas de intenção de voto no estado, à frente da ex-senadora Heloísa Helena (Psol-AL).
Quatro meses depois de ter se livrado da última acusação a que respondia na corte ainda referente à sua turbulenta passagem pelo Planalto, Collor virou alvo, em agosto, de um inquérito que apura suas relações com o doleiro Alberto Yousseff, preso na Operação Lava Jato sob a acusação de ser um dos chefes de um esquema de lavagem de dinheiro que movimentou ilegalmente R$ 10 bilhões no país e jogou a Petrobras para o centro de duas CPIs no Congresso.
Como revelou o Congresso em Foco, a suspeita sobre o ex-presidente foi remetida ao Supremo pelo juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba, Sérgio Fernando Moro, após a Polícia Federal identificar comprovantes bancários que mostravam depósitos feitos pelo doleiro, no valor de R$ 50 mil, na conta do senador. Ele diz ser inocente.
Fonte: Congresso em Foco

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